Saindo do Terreiro das Cruzes em direcção ao Convento, oito degraus conduzem-nos à zona intramuros através do arco formado pelas duas gigantescas do Portão. Ao cimo das escadas, nova estrutura de pedra encimada por uma bonita Cruz parece recordar que este não é apenas mais um lugar de oração e recolhimento, mas um Conventinho dedicado à adoração e à meditação em torno dos mistérios da Santa Cruz.
Já num nível superior ao do Terreiro das Cruzes, este pequenino pátio que se segue ao Portão do Convento permite-nos já ver ao longe o Alpendre da Portaria... mas onde estamos há mais coisas para ver: à direita encontra-se um pequeno lance de escadas, que descem até um pequeno jardim hoje abandonado mas no qual não faltariam no tempo da ocupação pequenos lagos com peixes dourados, referidos por W.M. Kinsey no seu "Portugal Illustrated".
Três degraus conduzem-nos por entre duas pedras ao pátio seguinte, onde existe uma bonita fonte de águas claras, e juntos delas duas mesas de pedra, onde - segundo a tradição local - se terá sentado durante as visitas que fazia aos Capuchos o 16º rei de Portugal e 7º da Dinastia de Aviz, o Rei-Menino D. Sebastião.
Olhando para trás, num género de despedida do mundo exterior ao Convento, temos a perspectiva superior das pedras que formam o arco do Portão, e sobre elas o sino, que já perdeu a sua Cruz. na pedra da esquerda, uma pequena argola de ferro não deixa fugir a corda, usada pelos visitantes - de outrora mas também os modernos - para anunciar a sua chegada.
Estamos prestes a mergulhar bem dentro da Cerca dos Capuchos de Sintra.
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