segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

D. Afonso VI e o hábito franciscano

Nove anos passou D.Afonso VI fechado no Paço da Vila de Sintra, depois de cinco anos vivendo nos Açores (e mais concretamente na Ilha Terceira). Trata-se de uma das histórias mais tristes ocorrida durante a dinastia de Bragança, de que foi segundo rei, sucedendo-lhe o irmão - D.Pedro II - aliás regente desde 1667, que muitos acusam de ter envenenado o irmão, depois de o submeter a clausura desumana.



Seja como for, contam as antigas narrativas que depois da sua morte, ao rei foi vestido um hábito de S.Francisco, "o primitivo, e cingido o cordão da mesma ordem seraphica". Tinha ainda sobre os ombros o hábito da Ordem de Cristo, e sobre as mãos o capacete da mesma Ordem.

Pergunto-me se durante os 9 anos de prisão no seu quarto do Palácio da Vila, o rei a quem chamaram no seu tempo "O Vitorioso" não terá tido contacto com frades capuchos do Convento de Santa Cruz (que, como se sabe, se deslocavam regularmente à vila, para tratar de assuntos diversos), justificando esse contacto com os franciscanos da Santa Cruz a opção de levar consigo, para a "última morada" o hábito da ordem fundada pelo Santo de Assis.

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