"Ao percorrer esta matazinha, que não foi plantada com artísticos cuidados, mas fôra um pedaço de monte, cujos arbustos cresceram à mercê da sua natureza e formaram selva, mais ao diante aproveitada pelo primeiro colono, estabelecido naquele monte, convertendo-a depois em quinta utilitária e de recreio o primeiro proprietário que no lugar se estabelecera.
Uma capelinha mariana, erguida no local do antigo sobreiro, no fim do século quinze, continua a lembrar-nos o encontro da imagem milagrosa, agora venerada na sua capela da portaria conventual. Andada uma dúzia de passos frente àquela capelinha da mata, topamos, à esquerda, o antigo forno da cal que ele fornecera para o convento, nos anos de 1470-1474, convertido em devotíssima capela, com três grutas, abertas na sua circunferência, cada qual com sua imagem. A principal, à frente de quem entra, forma uma pequenina capelinha, azulejada com quadros de raro acabamento, datados do ano 1737.
A imagem antiga ali venerada era a do Senhor Ecce Homo; actualmente, porque esta desaparecesse com a invasão dos republicanos em 1910, foi substituída pelo Senhor à Coluna".
(Sobre a capelinha do Varatojo, fonte)
Conheces a capelinha parecida com estas que existe no caminho que liga o Penedo a Gigarós?
ResponderEliminarJá uma vez publiquei uma foto dessa capelinha no Arrumário, aqui: http://arrumario.blogspot.com/2007/09/3-verses-da-ermida.html
Tem alguma coisa a ver?
Um abraço.
Olá ZM
ResponderEliminarConheço a capelinha e a tua foto dela. A semelhança é de facto evidente, mas não creio que tenha alguma coisa a ver, a não ser num determinado estilo que aliás se encontra mais ou menos disseminado no nosso país, em pequenos templos deste tipo e com esta vocação.
Aqui, o que me impressiona, é a semelhança entre os dois locais, no que se refere ao enquadramento, dedicação das capelas ao "Ecce Homo" e inclusão nas cercas de dois conventos "irmãos".
Pergunto-me se esta semelhança terá algo a ver com a presença de frades oriundos de Torres Vedras, onde se localiza o Varatojo, no Convento de Sintra.
Um grande abraço, de Almada para Angra do Heroísmo,
RV