quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lugares

Lugares (II) - Mosteiro Budista Tibetano de Phuktal (Himalaias, zona do Caxemira)
Para saber mais, clique aqui. Mais fotografias do lugar e das suas imediações aqui e aqui. Sobre este lugar de oração e recolhimento existe um documentário premiado, intitulado "Himalaia, Caminho para o Céu".

Nota:

Secção do Blog, não directamente relacionada com o Convento, mas antes com lugares que - pelas suas características naturais, arquitectónicas, histórias e/ou espirituais - me recordam de certa forma Sintra e o seu cenóbio Arrábido. Para cada lugar publicarei uma imagem, retirada da Internet, e um (ou mais) link - que me pareça particularmente interessante - para que os leitores possam conhecer melhor o mosteiro, convento ou retiro em causa, e aprofundar posteriormente eventuais investigações. Relativamente a alguns lugares, poderei escrever algumas linhas.

domingo, 12 de abril de 2009

Domingo de Páscoa

"Meu Deus ... restituiu-nos à vida juntamente com Cristo quando estávamos mortos pelos nossos pecados ... e com ele nos ressuscitou e nos fez sentar nos céus" - Efésios - 2, 4:6

"O Pai tornou-nos dignos de participar na herança dos santos da luz. Subtraiu-nos do domínio das trevas" - Colossenses - 1, 12:14

Passagens citadas na obra "O simbolismo do templo cristão", de Jean Hani (Capítulo XVI, "A Luz da Páscoa"), leitura que vivamente aconselho.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

6ª Feira Santa

"Chamando a si a multidão, juntamente com os discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, há-de salvá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que pode o homem dar em troca da sua vida? Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras entre esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos." - Evangelho de S.Marcos (8: 34-38)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Lugares

Inauguro hoje uma nova "secção" do Blog, não directamente relacionada com o Convento, mas antes com lugares que - pelas suas características naturais, arquitectónicas, histórias e/ou espirituais - me recordam de certa forma Sintra e o seu cenóbio Arrábido.

Para cada lugar publicarei uma imagem, retirada da Internet, e um link - que me pareça particularmente interessante - para que os leitores possam conhecer melhor o mosteiro, convento ou retiro em causa, e aprofundar posteriormente eventuais investigações. Relativamente a alguns lugares, poderei escrever algumas linhas.

Lugares (I) - O Ermitério de Santo António de Galamus (França)
Para saber mais clique aqui.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Passeios pedestres

Porque caminhar é um exercício físico e espiritual ímpar, e porque caminhando se observa a montanha e o que nela de encontra de uma outra forma, aconselho vivamente a consulta do Blog "Serra de Sintra, Passeios Pedestres", o qual contém uma série de sugestões de passeios a concretizar.

O Convento na publicação "Jardim Litterario" (1848)

Ilustração do pátio fronteiro ao alpendre da Portaria.
(Clique sobre a imagem para ampliar)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Uma testemunha vida do grande incêndio de 1966

Em Setembro de 1966 a Serra de Sintra foi parcialmente consumida pelo fogo. Um grande incêndio com origem na zona da Lagoa Azul/Penha Longa subiu aos píncaros da Serra, e através da zona de Vale-Flor atingiu a Tapada do Mouco e mais a ocidente o Convento dos Capuchos.

O Conventinho esteve cercado pelas chamas, mas acabou por ser poupado a uma destruição certa. O esforço humano teve nesta salvação do Convento grande importância, e nunca será de mais prestar homenagem aos homens e mulheres que tudo deram de si - incluíndo a vida - para proteger o que é de todos: o património natural e edificado da Serra de Sintra.

Diz quem lá esteve que as chamas chegaram a escassos metros do Convento, e que o famoso plátano do Terreiro das Cruzes viu alguns dos seus ramos mais longos chamuscados pelo fogo. Todavia, a principal testemunha viva dos acontecimentos de Setembro de 1966 nos Capuchos é a enorme Sequóia que se ergue dentro da cerca do Convento, não muito longe da Capelinha do Ecce Homo, ou de São Sebastião, a caminho da porta de pedra da zona mais alta intramuros.

Trata-se de uma árvore notável, uma das últimas Sequóias do Convento. Quem a observar de perto, contornando-a, verificará que na sua base ainda se encontram impressas na madeira as marcas do fogo devastador.

domingo, 5 de abril de 2009

Passatempo "descubra a diferença"

A comparação entre o Convento retratado por Burnett na sua famosa gravura dos Capuchos e a realidade actual do espaço desenhado (o Claustro) permite-nos verificar um grande número de diferenças. Todavia, o objectivo desta chamada de atenção é o de desafiar os leitores aqui do Blog a identificarem uma que é especialmente evidente. Trata-se de um "pormenor" da vista do claustro que desapareceu há uns anos, e que nunca mais foi reparado, ou recolocado.

Prometo deixar para outro texto o tratamento mais detalhado deste assunto... Para já fica o desafio de que compararem as "duas versões" da célebre gravura, identificando a única diferença decorrente da alteração que fiz na versão de baixo.

(Clique sobre a imagem para ampliar)

Um bom domingo para todos.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Frei Tomé de Torres Vedras

Se Frei Belchior de Alderete foi vítima da Peste de 1579-1580, Frei Tomé (ou Thomé) de Torres Vedras padeceu naquela a que chamaram "Grande", e que entre 1569 e 1570 ceifou apenas na cidade de Lisboa cerca de 60.000 vidas (1).

Dois documentos referem a sua vida, mas para já tratarei apenas de um deles: o Agiológio Lusitano.

Sobre Frei Tomé se sabe que nasceu em Torres Vedras, e que em Sintra era frade franciscano arrábido. Na Serra viveu uma vida muito santa, dizendo-se que da sua boca "nunca saïo palavra ociosa". Praticava pois o silêncio na sua mais alta significação, aquela tão bem definida por Denis Labouré no seu "Alquimia Cristã": "A tradição prescreve o silêncio, mas seria errado ver aí um verdadeiro voto de silêncio. Calar-se quer dizer falar dentro de limites bem definidos. O homem deve dizer o que deve, quando o deve e a quem deve".

Por tanto de dedicar aos "apestados" da Vila de Sintra viu-se ferido por esta enfermidade, e veio a falecer no dia 27 de Janeiro de 1570.

Segundo o Agiológio Lusitano, as últimas palavras que proferiu ao Companheiro que o assistia foram as seguintes: "Meu senhor Iesu Christo, a quem servi, me fez particular favor de me apparecer crucificado, & com tam estreitos nós de amor atou minha alma com sua divindade, que nem as dores, que padeço, nem todas as do mundo me poderaõ apartar hum ponto delle".

Brevemente tratarei daquilo que sobre Frei Tomé se escreve na Crónica da Arrábida.

Notas:

(1) - "A peste, que nunca antes existira na Península Ibérica, voltou a Portugal várias vezes até ao fim do século XVII, ou seja sempre que nasciam suficientes novos hóspedes não imunes. Nenhuma foi nem remotamente tão devastadora como a primeira (1348), mas a Grande Peste de Lisboa em 1569 terá matado 600 pessoas por dia, ao todo 60000 habitantes da cidade terão sucumbido. A última grande epidemia foi em 1650" - da Wikipedia.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Frei Belchior de Alderete

Quando no final da década de 70 do século XVI a peste começou a dizimar vidas na zona de Lisboa e arredores, um frade arrábido castelhano que integrava a comunidade de Sintra acorreu em auxílio à população de Torres Vedras, e naquela antiga e importante vila protagonizou um milagre de que dão conta a Crónica da Arrábida (Tomo I) e o Agiológio Lusitano (Tomo II).

O seu nome era Frei Belchior de Alderete, um homem de "compleiçaõ fraqua, & forças limitadas", que fez da sua fé um instrumento de Deus ao serviço dos homens.

Frei Belchior morreu a 12 de Abril de 1579, e encontrou a sua última morada na Ermida de São João de Torres Vedras, a qual hoje se encontra incluída no Cemitério de São João que serve a cidade torreense.

Dele se diz ter salvo muitas vidas quando desesperados pelos efeitos da peste, alguns de Torres Vedras se voltaram para este Santo Padre. A todos pediu paciência, "porque elle só pagaria por todos". A promessa foi cumprida, já que Frei Belchior acabou por falecer, ao passo que "todos os mais feridos convaleceraõ, e trunfaraõ do pestifero castigo, publicando deverem este beneficio aos merecimentos deste fiel, e amado Servo de Deos".